A História da Arte é primordial para entender a arte ao longo dos séculos, de forma encadeada e com causas e efeitos de cada um dos períodos. Entenda de forma descomplicada os principais estilos!
Vale dizer ainda que a História da Arte é o estudo cronológico do desenvolvimento artístico, dividido conforme as principais características comuns e também de distinções culturais de cada estilo.
Ter uma ideia de como se desenvolveu a História da Arte é um importante ativo para enriquecer qualquer destino.
E, como aqui acreditamos que a nossa missão é ajudar você com informações relevantes e interessantes que possa aproveitar mais e melhor as suas viagens, não poderíamos deixar de apresentar uma estrutura de como as artes se desenvolveram ao longo do tempo.
Vamos ao nosso resumão?
Uma perspectiva geral da História da Arte
O que não vamos englobar
Vamos pular toda a Pré-história e limitar a Arte Antiga ao período dos gregos e depois aos romanos (nos desculpem os apaixonados pela arte egípcia e dos povos do oriente, como a Mesopotâmia).
Vamos também limitar o alcance do nosso resumo até o início da Arte Moderna: deste ponto em diante fica para um futuro post.
Isso é necessário porque a partir deste período as artes passaram a ser classificadas por movimentos, e também passou a incorporar outras mídias, além das tradicionais arquitetura, pintura e escultura.
Ao longo da nossa linha do tempo vamos concentrar nos estilos mais em voga no ocidente: deixando de lado ainda a artes Bizantina, Árabe, e de todo o Oriente.
Os estilos em ordem cronológica
De uma maneira geral, no intervalo de tempo que escolhemos, temos:
- Clássico;
- Românico;
- Gótico;
- Renascentista;
- Barroco;
- Neoclássico;
- Art Nouveau e Art Déco.
Quando nasceu a História da Arte
Achamos importante registrar que o primeiro historiador de Arte foi Giorgio Vasari, um artista italiano que viveu entre 1511 e 1574.
Ele é o autor do primeiro livro que trata de contar a trajetória da Arte, conhecido como Vite, e nele apresentava uma biografia dos melhores artistas de seu tempo.
Um breve compilado didático do Clássico ao Art Déco
Abaixo de cada um dos estilos apresentados vamos dar o intervalo em que ocorreram apenas de uma maneira aproximada, para você se situar mais facilmente.
É bom ressaltar que um estilo não acaba no momento em começa o outro — a arte vai se modificando, é um processo de ajuste, e ocorre mais ou menos rapidamente ao longo do tempo e em cada país.
1. A Arte Antiga: o estilo Clássico
Também conhecido como Antiguidade Clássica, é o período que engloba a Arte Greco-Romana — um longo intervalo que teve início em 800 a.C. e só terminou com a queda do Império Romano, em 476 d.C..
São duas civilizações diferentes:
- os gregos: mais antigos, ligados à glória dos heróis da Ilíada e da Odisseia;
- os romanos: do Império que dominou quase toda a Europa, e parte da África e Ásia.
Além de ser um estilo extremamente sofisticado e bastante desenvolvido, é a arte ligada aos vencedores e aos criadores da referência maior da cultura ocidental.
Impossível quem não se encante com a beleza e perfeição das esculturas, a elegância das construções e a alegria das pinturas. Foi também quando teve início a música, o teatro, a literatura e a poesia…
2. O Românico
Teve início por volta do ano 1000 e se desenvolveu até meados do século XIII — os últimos exemplos são mais ricos e elaborados.
É a arte que ficou ligada ao tempo das Cruzadas. E, para não esquecer o que é o românico, acho que facilita entender que foi o estilo arquitetônico que transformou as igrejas em fortalezas.
E uma curiosidade sobre o estilo
Foi neste contexto de Cruzadas que nasceram as chamadas igrejas de peregrinação. E é curioso que alguns dos caminhos que tiveram início lá pelo século IX são percorridos até hoje. Ainda que, quase sempre, por motivos diferentes.
Exemplos disso são a Catedral de Santiago de Compostela (que sofreu modificações ao longo do tempo) e a Basílica de Vezelay, que conservou a estrutura românica.
3. O Gótico
As primeiras obras aparecem nos anos 1100 e se extendem até a primeira metade dos anos 1500 — nas obras tardias de Portugal, por exemplo.
Nasceu com a arquitetura de imensas e belíssimas catedrais na França, como a Notre Dame de Reims e a de Chartres, e ganhou a Europa.
A decoração voltou a ser importante e as fachadas foram revestidas por uma profusão de detalhes e esculturas — em total contraponto ao estilo anterior.
A pintura a óleo também se desenvolveu e os artistas voltam a pintar paisagens, se esforçando para trazer a sensação de tridimensionalidade às suas obras. As esculturas tornaram-se mais interessantes, mais detalhadas e ganharam muito mais destaque.
Subdivisões do estilo
A chamada Arte das Catedrais ganhou a Europa e o que passou a ser conhecido por estilo Gótico chegou a diversos países.
Um bom exemplo é Portugal, onde nasceu o chamado Estilo Manuelino: trata-se de uma arte local, intimamente ligada ao sucesso da Era das Descobertas e ao poder de Portugal naquele momento.
E, claro, ao rei que governava o país: D. Manuel I.
São diversos os exemplos da Arte Manuelina em Portugal, mas o Mosteiro dos Jerónimos é a máxima expressão, e um dos lugares que não podem deixar de ser visitados quando em Lisboa.
4. O Renascimento
Tem início nos anos 1300 e alcança o máximo do desenvolvimento na metade do século XVI.
É o estilo ligado ao humanismo, à valorização da racionalidade e ao desenvolvimento da ciência.
Teve início na Toscana, sobretudo em Florença, patrocinado por famílias poderosas como os Médici e os Strozzi.
5. O Barroco
Tem início em Roma, nas primeiras décadas do século XVI e vai até o final do século XVIII.
Estamos sempre repetindo que para entender o Barroco é preciso pensar que o estilo nasceu como uma das principais armas da Igreja Católica contra a Reforma Protestante.
Como o Barroco é meu estilo preferido dentro da História da Arte já escrevemos muito sobre o assunto, além de termos editado e lançado um livro belíssimo.
Então, para saber mais sobre este período, confira os nossos posts:
Também escrevemos um livro sobre o assunto: para conhecê-lo é só clicar no link a seguir O Barroco no reinado de D. João V.
O Rococó
Um sub-estilo do Barroco, tardio e enfraquecido esteticamente, menos rico e impressionante que o Barroco, e considerado mais fútil, intimamente ligado às monarquias que concentravam o poder, sem maiores preocupações com o bem estar geral da população.
O Rococó teve a sua imagem afetada pelo luxo descabido e pela afetação decadente. Rapidamente passou a ser combatido.
6. O Neoclássico
Tem início pouco antes da virada dos anos 1800 para 1900 e atravessa até as últimas décadas do século XIX.
No Brasil, assim como já havia acontecido no reinado de D. João V, que deixou a sua marca nas construções barrocas — e decoradas com as imensas quantidades de ouro das Minas Gerais —, no Neoclássico passou a ser a estética do período Imperial — como já contamos em nosso livro, Do Reino Unido ao Império.
Mas, como já havia acontecido antes e como sempre volta a acontecer, o estilo acabaria perdendo força pela repetição exagerada de suas formas e pelo que ficou conhecido como Eclético: um estilo confuso e sem personalidade, que se perdeu em uma profusão de formas e tendências, deixando de ser utilizado.
7. O Art Nouveau e o Art Déco
O estilo nasce em meados da segunda metade do século XIX e se desenvolve até o final dos anos 1950.
Nosso posicionamento pessoal sobre o assunto
A maioria dos estudiosos de História da Arte separam os dois estilos — o que funciona bastante bem se pensarmos na produção francesa. Mas esta divisão só confunde ao vermos as obras austríacas, alemãs ou inglesas, por exemplo.
E é por isso que preferimos tratar os estilos juntos, estudando a geometrização paulatina do Art Nouveau ao Art Déco.
Depois de mais de uma década de observação e milhares de fotos, entendemos que tal geometrização não ocorreu de uma vez, nem em um só lugar.
E, por isso, o tipo de obra que englobam têm nomes distintos em diferentes países, e mantém regionalismos — o que é comum na História da Arte. Conheça um pouco mais:
- New Art, na Grã-Bretanha;
- Jugendstil, na Alemanha;
- Secession, na Áustria;
- Liberty Stile, na Itália;
- Modernismo, na Espanha.
Para saber mais sobre o estilo vale ver o nosso livro Art Déco — além de um projeto gráfico lindíssimo traz tudo sobre o período, de uma maneira muito interessante e inovadora. E é um presente criativo e bastante decorativo!
A nossa Linha do Tempo da História da Arte
É claro que não pretendemos esgotar o assunto aqui neste post, mas oferecer uma perspectiva geral da linha do tempo dos estilos artísticos — de maneira encadeada, para facilitar o entendimento, e o reconhecimento de cada um deles.
Eles são um testemunho de como o mundo era visto em cada momento.
Para ver muitas obras de arte e arquitetura que fotografamos pelo mundo, sempre acompanhadas de informações relevantes e de informações de viagens fora do óbvio: acompanhe-nos em nosso Instagram!
Saiba como podemos ajudar
Ao explorar a história da arte, você embarca em uma jornada fascinante pelos mais diversos períodos e estilos que moldaram a cultura ao longo dos séculos.
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Até mais!