Já ouviu falar no Mosteiro dos Jerónimos? Sabia que ele tem exatamente a mesma idade do Brasil?
Um projeto grandioso, criado como instrumento de propaganda dos feitos do governo do rei D. Manuel I, se tornou o principal exemplo de uma estética própria dentro do estilo Gótico que ganhou o nome de seu incentivador: Arquitetura Manuelina.
Primórdios do local e o motivo de sua construção
Aquela região que hoje conhecemos como Belém era a região portuária, de onde saíram as embarcações que transformaram um país tão pequeno como Portugal em uma das maiores potência europeias.
Ali existia uma antiga ermida, batizada de Santa Maria de Belém, onde Cabral e outros fizeram as suas preces antes de partirem para o mar.
Após terem encontrado o caminho para as Índias o comércio das especiarias trazidas do Oriente enriqueceram rapidamente Portugal e o rei separou uma parte do imposto “Vintena da Pimenta” para custear as obras de construção do novo mosteiro.
O Mosteiro dos Jerónimos
As obras foram iniciadas em 1501, ou 1502. Ou seja, é tão antigo quanto o nosso país!
E foi construído de acordo com o desejo do rei D. Manuel I de eternizar o seu governo, perpetuando as glórias alcançadas durante a Era das Descobertas.
Encomendado para perpetuar a glória da Dinastia de Avis, a qual pertencia D. Manuel I, após alguns anos de obra foi reajustado para ser o próprio panteão do rei: e por isso foi significativamente ampliado.
Construído em pedra de lioz, tem tantos detalhes que chega a embasbacar o visitante em uma primeira visita.
Projetado por homens experientes é gigantesco: a fachada principal, de frente ao Tejo, tem 300 metros de largura!
O primeiro nome ligado ao traçado original é de Diogo de Boitaca, mas foi João de Castilho o responsável pelos magníficos portais. Impossível não ficar ali olhando toda aquela profusão de imagens.
Além das imagens bem trabalhadas e esteticamente elegantes comuns aos melhores exemplos de arquitetura gótica tardia, as construções manuelinas tem ainda uma profusão de detalhes de ornamentação ligadas ao mar, à navegação e, é claro, repete os símbolos do reinado de D. Manuel.
Medidas do prestígio de D. Manuel I
Algumas informações deixam bem mais clara a posição de extremo prestígio deste que foi o mais poderoso dos reis portugueses:
- sua duas primeiras mulheres eram filhas dos Reis Católicos de Espanha;
- ele contraiu terceiras núpcias com uma das sobrinhas de suas duas primeiras mulheres, consolidando a íntima ligação entre as coroas de Portugal e Espanha. O que levaria a União das Coras Ibéricas, em 1580;
- sua filha, Isabel de Portugal, foi a mulher de Carlos V: rei de Espanha e imperador do Sacro Império Romano Germânico — um dos mais poderosos homens de toda a História.
O Mosteiro dos Jerónimos
É bom explicar ainda que estilo Manuelino é reconhecido pela exuberância da sua decoração, sendo por isso difícil de descrever rapidamente com palavras.
O nome oficial é Real Mosteiro de Santa Maria de Belém, e a ordem que o ocupou foi a de São Jerónimo. Reconhecido patrimônio mundial da Unesco é atualmente uma das 7 maravilhas de Portugal.
O claustro interno do mosteiro é de dois andares, o primeiro deste tipo construído no país.
Para quem gosta de fotografar o local é um prato cheio! Principalmente em um dia de céu azul: detalhes arquitetônicos rebuscados, onde é possível reconhecer símbolos importantes na História de Portugal e, também, do Brasil, como:
- a Cruz da Ordem de Cristo, a maior financiadora das expedições ultramarinas, e que estavam gravadas nos marcos de posse fincados pelos homens de Cabral e nas velas de suas caravelas;
- a esfera armilar, principal símbolo do governo de D. Manuel I. Uma curiosidade é que esse símbolo esteve presente nas moedas brasileiras até o fim do Segundo Império;
- e o escudo nacional das Cinco Quinas.
Um excelente lugar para ótimas fotos
É fácil ver também muitas figuras femininas, serpentes e diversos animais, além de elementos naturalistas e ligados ao mar, como a corda, sempre presente nas obras deste estilo arquitetônico.
O claustro é das partes que mais gostamos: construído em dois andares, o primeiro deste tipo do país. Em tempo: em uma das colunas do claustro é possível ver a única representação de época de Pedro Álvares Cabral!
Não deixe de encontrá-la!
Há ainda a enorme igreja contígua, Santa Maria de Belém, com suas três naves de mesma altura, tão bem ornamentadas quanto o demais.
A fachada é maravilhosa, decorada com dezenas de imagens. Logo após a entrada estão os túmulos de Vasco da Gama e do poeta Luís de Camões. Eles são, da mesma forma que o demais, verdadeiras obras de arte.
Lisboa: não deixe de conhecer Belém
Embora a capital de Portugal não esteja entre as primeiras cidades que os brasileiros sonham ao pensar em uma primeira viagem a Europa, é um dos nossos destinos preferidos!
E é por isso que acho difícil que alguém não goste dessa cidade tão interessante, onde o respeito ao passado é valorizado, arejado por um jeito de viver simples e contemporâneo.
Sobretudo para quem se interessa pela nossa História Lisboa é, com certeza, o ponto de partida e, como tal, não há melhor lugar para começar a viagem do que o maravilhoso Mosteiro dos Jerónimos.
Para slow travelers como nós recomendo reservar um dia inteiro para desfrutar o monumento e o seu entorno, com tempo para almoçar no mega afamado Pastéis de Belém.
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