Portugal é um dos menores países na Europa, e um dos destinos mais incríveis de viagem — sobretudo para nós, brasileiros. E o assunto de hoje, o Mosteiro de Alcobaça, é um dos monumentos mais interessantes a se conhecer por lá. Saiba o por que!
Não compartilhamos com os portugueses apenas a língua, mas também parte da nossa História, embora a deles seja muito mais antiga…
Com apenas pouco mais de 92 mil quilômetros quadrados — portanto, menor que estado brasileiro de Santa Catarina — tornou-se um Império Global, após a Era das Descobertas.
O famoso estilo Gótico tardio em Portugal
Quem já esteve em Lisboa provavelmente conhece o encantador Mosteiro dos Jerónimos, a obra-prima da Arquitetura Manuelina.
Jerônimos, Torre de Belém e Batalha são exemplos de um estilo arquitetônico nomeado em homenagem ao rei D. Manuel I, que impulsionou estas construções, patrocinado pelas riquezas da chamada Era Dourada de Portugal.
Mas, apesar da arte ser conhecida como Manuelina, como estilo é definida como Gótico tardio, misturando elementos em voga no período daquelas construções: o começo do século XVI.
Mas se as obras citadas acima são exemplos do Gótico tardio, você sabe qual foi a primeira obra Gótica em Portugal?
O Mosteiro de Acobaça
Em 1178 teve início a construção do Real Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, em terreno doado a monges cistercienses por D. Afonso Henriques — primeiro rei português.
A ordem cisterciense acreditava na abolição de todo o supérfluo. E isso incluia a decoração da arquitetura. Os superiores da Ordem temiam que imagens esculpidas nos claustros e Igrejas poderiam dispersar os monges de suas leituras e obrigações.
Alcobaça, uma cidade entre os rios Alcoa e Baça
A região já havia sido ocupada pelos Romanos, mas o nome é herança do domínio Árabe. Fica entre Lisboa e Coimbra: há 120 km da primeira e a 108 da segunda.
Como as demais obras dos monges cistercienses pela Europa, foi instalada distante das cidades, para garantir o isolamento.
O Mosteiro de Alcobaça foi concluído em 1252, e é tido como a primeira obra completamente Gótica em Portugal.
Apenas a fachada da igreja tem configuração posterior: foi reformada entre 1702 e 1725 e ganhou uma escadaria e características do estilo Barroco.
Mas o que impressiona por ali, além do tamanho do complexo, é a Igreja.
A Igreja: testemunha do amor de Pedro por Inês
A Igreja do Mosteiro de Alcobaça é imensa, tem 106 metros de comprimento e 22 de altura. Como as demais igrejas Góticas a verticalidade era uma das características do estilo: aumentando a sensação de proximidade com Deus.
Mas o que marcou todas as nossas visitas ao local foi ver os dois túmulos frente à frente: o rei Pedro I e sua amada, Inês.
E essa história merece um pouco mais de nossa atenção.
Pedro e Inês, um amor eterno
Pedro era o Infante de Portugal, filho de Afonso IV, rei que governou entre 1291 e 1357.
Perdeu-se de amor por Inês de Castro, uma das damas de companhia de sua mulher — uma princesa espanhola. Ficou viúvo logo após o nascimento do terceiro filho com a esposa e deixou de esconder a sua verdadeira paixão, Inês, com quem teve 4 filhos.
Mas Inês também era de uma família influente na Espanha e o rei Afonso passou a temer que seus irmãos se tornassem próximos demais do Infante. Achou melhor ordenar a sua morte.
Inês foi assassinada em Coimbra por três homens, com tamanha violência que teve a sua cabeça degolada.
Registros narram uma comoção em Coimbra. O casal havia vivido cerca de 15 anos juntos.
Pedro fechou-se em seu quarto, extremamente revoltado. E aguardou.
Seu pai morreu pouco tempo depois e quando Pedro foi aclamado rei tratou de prender e torturar os homens que levaram as ordens de seu pai adiante: capturou dois dos assassinos e os executou, com todos os requintes de crueldade vigentes na época.
Afirmou que havia se casado secretamente com Inês e que ela seria a sua rainha.
A crença na vida após a morte
Encomendou dois túmulos, que são obras-primas da escultura Gótica portuguesa, e determinou que fossem colocados dentro da Igreja do Mosteiro de Alcobaça. Posicionados um de frente para o outro: assim, no dia do Juízo, a primeira coisa que veriam seria um ao outro.
Transladou o corpo de Inês de Coimbra para Alcobaça em um cortejo digno da realeza. Algumas fontes afirmam que antes havia organizado um beija-mão da rainha-póstuma: vestida e adornada com cetro e coroa.
D. Pedro I entrou para a histórica com os codimomes de “o Cruel” e “o Justo” — depende de quem narra a história.
Foi bom administrador, temido pelos adversários e correto com a população.
Não se casou novamente, mas teve um relacionamento e dele nasceu mais um filho: o Infante João.
D. Pedro reconheceu todos os filhos ilegítimos e morreu doze anos depois de sua amada. Deixou determinado em testamento que seu corpo fosse depositado no túmulo de Alcobaça, em frente ao de Inês.
A coroa foi herdada por D. Fernando, o príncipe legítimo. Este por sua vez morreu sem deixar herdeiros, e foi sucedido por seu meio-irmão, que governou como D. João I por quase 50 anos — e foi um dos reis mais poderosos de Portugal.
Agora, Inês é morta!
Essa expressão foi bastante usada tanto em Portugal como por aqui — talvez já a tenha escutado. E agora sabe a origem: pouco adiante coroar uma rainha póstuma.
Mas a simbologia da arte e a intenção de Pedro impressionam e encantam. Mais de 600 anos após a sua morte!
Por isso, em uma próxima visita à Portugal, não deixe de conhecer o Mosteiro de Alcobaça: muitos casais fazem juras de amor por alí!
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