Com nomes como Art Nouveau, New Art, Secession, Jugendstil, Stile Liberty, entre outros, mas apresentando expressões formais muito parecidas, estes movimentos lançaram os fundamentos do que viria a ser a Arte Moderna.
É preciso lembrar que na História da Arte já fazia muito tempo que havia uma repetição das formas do passado:
- o Renascimento veio após o Gótico, uma primeira volta à Antiguidade Clássica;
- e o Barroco foi substituído pelo Neoclássico.
Era hora de mudança.
Arte no final do século XIX
No último quarto do século XIX havia uma marcante inquietação estética em vários centros europeus. E isso propiciou o surgimento de movimentos que se dedicaram à reformulação da pintura, arquitetura e escultura.
Os artistas estavam à procura de uma nova linguagem formal.
E ela deveria não só ser uma reação estética aos modelos ultrapassados, como também possibilitar a incorporação das novas tecnologias e o emprego dos novos materiais que surgiam naquele momento.
Foi neste contexto de novidades que teve origem o Art Nouveau.
Uma Era de mudanças profundas
A segunda metade do século XIX foi marcada por mudanças profundas, e aqui citamos algumas:
- a abertura do Japão ao ocidente, em 1853;
- as guerras europeias que levaram à unificação da Alemanha e da Itália;
- a invenção da luz elétrica, por Thomas Edison;
- a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, onde, em 1884, foi inaugurado o primeiro metrô.
Os anos que antecederam a virada para o século XX trouxeram ainda novidades como o automóvel, concebido na Alemanha; a mágica do cinema, criada na França pelos irmãos Lumière; a construção do primeiro arranha-céu, em Chicago e o direito de voto para mulheres, na Nova Zelândia.
O mundo como era conhecido até então se modificou drasticamente.
E os constantes avanços tecnológicos e sociais criaram novas necessidades, novos produtos, novos gostos, nova moda e nova arte.
A Arte rompe com passado e se volta para o presente
Por volta de 1870 os Impressionistas causaram furor com suas obras.
Diversos movimentos artísticos viriam nas próximas décadas, como o Expressionismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, o Cubismo, e tantos outros.
Na Inglaterra e Escócia despontaram artistas focados na intenção de abranger e modificar todos os aspectos das artes tradicionais, com nomes como Charles Rennie Mackintosh, o maior nome dos artistas de Glasgow, e Aubbrey Beardsley.
A Art Nouveau na Bélgica e França
Teve início como um movimento artístico desenvolvido a partir das formas orgânicas. E, ao longo do tempo, foi se geometrizando.
Os primeiros nomes a aparecer foram os do belga Victor Horta e do francês Hector Guimard. O primeiro projetou o Hôtel Tassel, em Bruxelas, e o segundo as entradas e saídas com linhas sinuosas do metrô de Paris.
A origem do nome
O nome Art Nouveau tem origem na galeria parisiense “A Arte Nova“, aberta em 1895 por Siegfried Bing.
Era um local que concentrava não só a arquitetura, mas ilustrações, mobiliário e objetos — e era um reflexo da própria nova maneira de viver daquele período.
Já vinha sendo referida como Style Mucha — por causa dos cartazes do artista tcheco Alfons Mucha, e também como Style Guimard — devido ao sucesso das estações de metrô.
Em Nancy, onde se desenvolveu um importante centro industrial, nasceu a École de Nancy — para conhecer mais sobre o assunto é só conferir o post que preparamos do destino.
Jugendstil na Alemanha e Áustria
No final dos anos 90 do século XIX surgiu na Áustria o movimento
progressista denominado Secessão Vienense.
Foi criado por Joseph Maria Olbrich, Gustav Klimt, Josef Hoffman e Koloman Moser. Mas, apesar de não ter sido o primeiro movimento de rompimento nas artes europeias — antes existiu o de Munique, iniciado em 1892 — a Secessão Vienense é especial pelo grupo ter construído um edifício ícone, o Wiener Sezessionsgebäude.
Mais conhecido no Brasil como Secession Building, este prédio foi construído para expor mostras de arte e inaugurado em 1898 para abrigar uma exposição que pregava o rompimento daqueles artistas com a arte desenvolvida até então.
Havia neles uma necessidade de romper com o tradicional.
Essa é a origem do Jugendstil.
A imagem da parte superior deste post é um detalhe da fachada do Secession Building, onde se lê: “A cada tempo a sua arte, a cada arte a sua liberdade”.
No post sobre Darmstadt aqui em nosso blog Alfredo conta sobre a importante Colônia de Artistas alemã. Vale conferir, os maiores nomes por lá são do austríaco Olbrich e do alemão Peter Behrens.
Budapeste e Praga
A Hungria também teve a sua Secessão, o que é entendível já que a sua capital era a segunda cidade mais importante do Império Austro-Húngaro.
E Praga era a capital da Boêmia, região que pertenceu ao Império até 1918.
A Nova Arte ganha o mundo
Stile Liberty na Itália, Modernismo na Espanha, New Art nos EUA. As formas orgânicas estavam por toda a parte, e em diversos países.
Mas como já vinham sendo geometrizadas, sobretudo na Áustria e Alemanha, as formas orgânicas foram substituídas pelo estilo conhecido como Art Déco, com as mudanças da I Grande Guerra.
Era o fim da Belle Époque e o começo dos “Anos Loucos”.
Para saber muito mais sobre o Art Nouveau e tudo sobre o Art Déco conheça o livro que escrevemos sobre o assunto. Ele é lindo, super decorativo e muito interessante. Entenda o que é o Art Déco.
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