São muitos os lugares para viajar ao Peru, mas hoje vamos focar em o que ver em Cusco, de acordo com nossa primeira viagem a este país tão interessante.
É impossível não se encantar pela arte e cultura local, e ficar com vontade de voltar, para conhecer mais.
Cusco é uma cidade lindíssima e, a menos que tenha restrições médicas, é um excelente destino de viagem. Vamos explicar o porque!
Informações básicas
Cusco significa “umbigo do mundo”, em quíchua, a língua ancestral que ainda é falada — embora o espanhol seja a oficial.
Fica na região do Vale Sagrado, nos Andes, situada a 3.400 metros de altitude.
A maioria de seus edifícios são do tempo em que os espanhóis governaram a cidade, com exemplos de barroco mesclado com decoração local, resultando no estilo conhecido como barroco mestiço, sobre o qual tratamos em outro post.
Perto de Cusco está a cidade perdida dos Incas, Machu Picchu, o bem conservado sítio arqueológico construído no século XV, e que fica a 2.400 metros, altitude bem suportada por todos.
A principal atração para quem vai a Cusco: as ruínas de Machu Picchu
Pode-se chegar até lá por meio de longas trilhas, ou em trens até Aguas Calientes: a opção que escolhemos. Depende do seu tipo de viajante.
O que ver em Cusco
Impensável ir até lá e não conhecer a encantadora Machu Picchu. É um cenário maravilhoso e passear pelas suas ruínas é algo emocionante, inesquecível.
Nós escolhemos e recomendamos viajar no charmoso trem Hiram Bingham, da rede Belmond, e que já pertenceu ao Orient Express.
Mas se não for seu estilo ou para viagens mais econômicas saiba que, da mesma forma que acontece com os hotéis — capazes de abrigar desde mochileiros descolados até os mais exigentes — é possível escolher o nível de conforto do trajeto de trem — com relação direta no custo.
Perto de Cusco também é possível conhecer outras ruínas, que ficam no Vale Sagrado, como as incaicas Ollantaytambo e Sacsayhuaman.
Belas paisagens e as construções incas, sempre em terraços, no Vale Sagrado
Mas é bom ressaltar que tanto Cusco, como os dois sítios arqueológicos citados anteriormente, estão a 3.400 metros de altitude ou mais!
Então tenha em mente que você precisará se aclimatar, para não sofrer com o mal de altitude, o temido soroche.
Para evitar maiores problemas o recomendado é subir aos poucos, e ter sempre oxigênio a disposição; pense nisso e organize bem o seu roteiro.
Soroche
Antes de viajar convém conversar com um médico sobre o mal de altitude: não dá para prever quem passará mal, e quem ficará bem.
Chá de coca é oferecido aos viajantes para prevenir o soroche
No Peru os locais oferecem em todos os lugares o chá de coca — não se preocupe, não vicia e é usado há milênios por lá. Alguns também mascam as folhas. Mas não traga para o Brasil — por aqui, é ilegal.
Segundo Alfredo o gosto é bastante ruim — mas realmente melhora a condição. Eu senti nada em altitudes maiores, e por ter enxaqueca, o médico informou que eu não poderia tomar o chá (algo a ver com dilatação e contrição de veias).
Confira antes de embarcar para evitar problemas (nós preparamos um post completo sobre o assunto, com tudo que fizemos para não ter problemas com a altitude em nossas viagens ao Peru).
As atrações imperdíveis: o que ver em Cusco
Se organize para ficar, ao menos, quatro dias em Cusco — nós ficamos nove. Além das lindas construções barrocas há o charmoso bairro de San Blas, onde se concentram diversos artesões de joias de prata e objetos de decoração.
Uma visão da Plaza de Armas, o coração do centro histórico de Cusco, com sua catedral e Igreja dos Jesuítas
Percorra com calma a parte mais antiga da cidade, que foi toda desenvolvida em volta da Plaza de Armas.
Em Cusco de quando em quando encontrará paredões com arquitetura Inca, e belíssimas igrejas católicas. Preste atenção como elas sempre trazem detalhes da arte da população local.
As mais interessantes são:
- Catedral de Cusco: imensa e muito rica em detalhes;
- Igreja da Companhia de Jesus: que como a catedral, também fica na Plaza de Armas;
- Qorikancha, o Templo do Sol: parcialmente destruído pelos espanhóis, que fizeram ali o seu Convento de Santo Domingo.
Se você tiver interesse em entender mais sobre o estilo barroco saiba que em nosso livro há um capítulo com exemplos de todo o mundo, inclusive com imagem de uma capela de Cusco.
Detalhe do retábulo-mor da Capela de San Antonio Abad — uma das obras de nosso livro sobre o Barroco
A capela de San Antonio Abad está localizada no que é hoje o excelente Hotel Monastério, também da rede Belmond e que é uma opção sensacional de hospedagem.
Nós tivemos a sorte de estar em um coquetel ali, na noite de Réveillon — aliás, Cusco é um destino incrível para passar as festas de Fim de Ano fora do Brasil.
Um bônus para não perder: lã de alpaca
Também vale contar que perto de Cusco é possível visitar fazendas de criação de lhamas e alpacas. Eles produzem lã da melhor qualidade, exportadas para as mais importantes marcas europeias.
Eu alimentando as alpacas, em Awana Kancha — um lugar que merece ser visitado
Mais atrações, para completar o que ver em Cusco
A 100 km de Cusco fica a instagramável Montanha das 7 Cores: Vinicunca, que só foi descoberta em 2016. Está a 5.200 m de altitude!
Se tiver interesse em nossos outros posts sobre o Peru, confira:
- Arequipa, a linda cidade branca no vale de vulcões;
- Machu Picchu: uma das Maravilhas do Mundo Moderno;
- Vale Sagrado: Incas e muito mais;
- Lugares para viajar no Peru que você não deve deixar de conhecer.
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