O personagem histórico Fernando, ou Fernão de Noronha deu o seu nome à ilha, que é um dos mais badalados e bonitos destinos de viagem no Brasil, no litoral de Pernambuco.
Mas você sabia que seu nome de família não era Noronha? Na verdade não se sabe ao certo onde ele nasceu, mas os registros mais antigos — que se encontram no acervo da Torre do Tombo, em Lisboa — grafam seu sobrenome como Loronha, com L e não N. Noronha é uma corruptela que veio ao longo dos tempos.
Curiosidades acerca do nome Fernando (a)
Sempre soube que meu nome é muito antigo, com origem ibérica. Foi escolhido pela minha mãe, de família espanhola, que deve ter crescido ouvindo sobre os Reis Católicos Fernando e Isabel. Tenho, portanto, nome de rei.
Antigamente era grafado como Ferdinand, Ferdinando, e antes de se consolidar como Fernando foi também em Fernão — o caso do nosso Noronha em questão (oops, Loronha).
Mas a parte mais interessante vem agora: a origem é gótica, e é dela que vem a tradução do nome fardi + nand. Para a minha surpresa “fardi” significa viagem e “nand” pronto.
Fernanda nada mais é do que pronta para viajar. Minha mãe não poderia ter escolhido um nome melhor para mim!
Saiba quem foi personagem Fernando de Noronha
Como já citei antes não há um registro certeiro sobre o local de nascimento do personagem principal deste post, mas a maioria aceita que ele nasceu em Portugal. O ano é um dado mais apurado, em 1470.
Era um fidalgo e fazia parte da corte do rei D. Manuel — o monarca que ficou tão poderoso que acabou nomeando o estilo de arquitetura do tempo dos Descobrimentos, conhecido como Manuelino.
Após a descoberta dos Caminhos para as Índias o comércio de especiarias foi ampliado e entra em cena a figura de Jacob Fugger — o homem mais rico de seu tempo, e também o mais importante banqueiro europeu.
Fernando de Noronha era seu representante em Portugal e, por isso resolveu financiar uma expedição para a costa brasileira. O que hoje conhecemos como arquipélago de Fernando de Noronha já constava nos mapas da época e foi o local onde os barcos se detiveram para extrair pau brasil.
A empreitada rendeu ótimos dividendos e outras expedições dirigiram-se ao mesmo local.
Como resultado, Loronha acabou ganhando em 1504 a ilha de D. Manuel, era a “capitania do mar”.
Sem planos de ocupação e anos de abandono
Jamais houve um projeto português para ocupação do arquipélago e apenas em 1534 foi iniciado o sistema de capitanias hereditárias.
Das 15 capitanias originais apenas duas prosperaram:
- a de São Vicente, de Martim Afonso de Souza (nós contamos toda esta saga e a história dos primeiros 400 anos da nossa cidade em nosso livro A Casa da Moeda de São Paulo);
- e a de Pernamuco, de Duarte Coelho.
O arquipélago de Fernão de Loronha ficou abandonado, e ali estiveram viajantes e corsários de diversas nacionalidades: franceses, ingleses, alemãe e, claro, os holandeses.
Fernando de Loronha faleceu em 1540 e a capitania do mar continuou pertencendo aos seus descendentes até o ano de 1700, quando foi incorporada por Carta Régia à área de Pernambuco.
E, com o passar do tempo, a ilha foi ficando conhecida como Fernando de Noronha.
Curtiu saber quem foi Fernando de Noronha e quer conhecer mais sobre o período?
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Este período histórico é mesmo super interessante. Confira a seguir o que já publicamos relativo ao assunto.
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Se o que te interessa é o período em questão, saiba que é o Gótico.
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- Origens e informações básicas sobre o estilo Gótico;
- Mosteiro de Alcobaça e a trágica história de Inês, a rainha morta;
Sobre o Brasil Holandês:
- Brasil Holandês, um resumo descomplicado.
- Para quem quer saber TUDO sobre este episódio tão marcante da nossa história escrevemos um livro sobre o assunto: O Brasil Holandês, a Família Nassau, Moedas e Medalhas. Nele contamos quem era família Nassau, sobre as primeiras moedas feitas no Brasil e terminamos com a fundação de Nova York.
Para saber sobre Fernando de Noronha como destino de viagem clique no post abaixo:
- Viagem para Fernando de Noronha: confira nossas dicas essenciais.
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