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Mal de altitude: 7 cuidados para minimizar o soroche

Mal de Altitude altiplano peruano

O Mal de Altitude é a condição dos que sofrem com a falta de oxigênio em altas altitudes. Também é conhecido como o Mal das Montanhas, mas os sul-americanos o chamam de soroche, ou sorojchi.

Se você ainda não esteve em destinos acima dos 3.000 m não tem como saber se irá sofrer ou não os efeitos da altitude. E, não se engane, boa forma física não é garantia de que vai ficar tudo bem.

De uma forma geral, acomete mais as mulheres, e se você já sofreu com a situação, há mais chance de que enfrentará novos problemas em outras oportunidades.

Mas sempre é possível minimizar os efeitos e é isso que vou explicar aqui, de acordo com a nossa experiência em algumas viagens pelo Peru.

(A imagem superior é da Lagunilla no altiplano peruano, a 4.444 m de altitude).

O que é o Mal de Altitude

Quanto mais alta a altitude, menor a pressão atmosférica. Em resumo: há menos oxigênio.

Parte dos visitantes tem dificuldade em se aclimatar imediatamente, e os sintomas são os seguintes:

Para a imensa maioria estes sintomas são leves e costumam passar em, no máximo, 48 hs. Mas, em alguns casos mais raros, podem complicar para os seguintes:

Se isso acontecer é preciso procurar ajuda médica, pois os efeitos podem se ampliar e o quadro piora rapidamente: sem tratamento, pode ser até fatal.

Uma curiosidade sobre a origem da palavra soroche

O termo soroche para o Mal de Altitude é criação dos povos andinos. Originalmente quer dizer “minério” — porque pensavam que a doença era causada por gases tóxicos emanados pelas montanhas.

7 cuidados para minimizar o Mal de Altitude

1. Converse com o seu médico, antes de embarcar

2. Suba aos poucos: organize bem o seu roteiro

Lembre-se: quanto mais alto, maior a chance de passar mal.

Isla Taquile
Com todos os cuidados que tomamos não tivemos problemas com o Mal de Altitude: aqui estávamos passeando pela Ilha Taquile, no Lago Titicaca. O ponto mais alto da caminhada chega a 4.050 m de altitude.

Para quem for fazer trilhas pelas montanhas

Além de todas as outras recomendações, para quem vai fazer grandes caminhadas, ou escalar às montanhas, há uma regra de subir no máximo 500 m por dia.

3. Respeite a cultura milenar: o chá de coca ajuda mesmo a diminuir o Mal de Altitude

Em nossa primeira viagem ao Peru fomos de Lima a Cusco, e Alfredo precisou tomar vários chás de coca nos primeiros dois dias. Ele não sentiu tontura, dor de cabeça ou náuseas, mas ficou mais cansado.

Tomando o chá ele melhorava na hora e pode aproveitar cada minuto. O chá de coca não é exatamente gostoso, não vicia, mas realmente ajuda a recuperar a capacidade de respiração.

Também são comuns as balinhas de coca — ou caramelos de coca, mas conversando com o nosso médico ele achou o chá mais conveniente.

chá de coca contra o Mal de Altitude
Eu e os nossos chás de folhas de coca, em uma das paradas que fizemos no caminho entre o Vale do Colca e Puno, a mais 5 mil metros de altitude

4. Descanse nas primeiras 24 hs

Diferente de qualquer outro destino não é recomendado chegar a lugares com alta altitude e sair circulando: vá com calma! Mas nada de exageros: durante toda a estada seu corpo estará absorvendo menos oxigênio. Não o sobrecarregue.

5. Beba água antes de ter sede

Durante toda a estada em lugares de altitude alta é preciso tomar água, sucos ou chás antes de sentir sede.

6. Leve o seu oxímetro

Assim poderá controlar melhor como o seu corpo estará reagindo e poderá agir rapidamente, evitando complicações.

O valor de um oxímetro é irrisório em uma viagem a destinos acima dos 3.000m.

Alfredo, no Mirador de los Andes: a 4.910 m sobre o nível do mar.

7. Diminua o ritmo e viaje com mais calma que o habitual

Reduzir o ritmo e dar tempo para o corpo se aclimatar é muito importante para evitar problemas,

Com este e os demais cuidados dificilmente você sentirá qualquer mal estar, ou será capaz de reverter enquanto estiver bem no começo.

Dica Bônus: alguns hotéis insuflam oxigênio do quarto

Quando estivemos em Cusco escolhemos um dos hotéis que têm uma tubulação que leva oxigênio aos quartos. Embora dormíssemos a 3.400m de altitude era como se estivéssemos a 2.400m.

Isso fazia com que descansássemos bem e nos aclimatamos mais facilmente.

Quando estivemos no Lago Titicaca, a mais de 3.800 m, não tínhamos esta condição, mesmo estando em uma acomodação luxuosa e 5 estrelas. Para compensar eles mediam a oxigenação e se estivesse abaixo de 95% ofereciam cilindro e máscara de oxigênio.

Agora que já sabe como se proteger dos efeitos do Mal de Altitude

Deixamos uma lista de destinos em que estivemos com altitudes acima dos 2.000 m:

Para mais informações sobre viagens culturais e as outras dezenas de países em que estivemos, é só nos acompanhar em nosso Instagram.

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