Já contei por aqui que sou super fã da série e por isso publicamos um post falando sobre as cidades dos codinomes dos personagens de La Casa de Papel. Mas, diferente dos demais, Estocolmo não foi um nickname escolhido por causa do destino.
Entenda o motivo!
Os personagens de La Casa de Papel
Todos nós sabemos que os componentes do bando do professor escolheram nomes de cidades para protegerem as suas identidades — no caso de algum furo no plano de roubo da Casa da Moeda de Madri.
Ainda na primeira temporada, contudo, uma das reféns acabou se envolvendo com um dos ladrões, Denver: a personagem Mónica Gaztambide, que tinha um caso com seu chefe, Arturo.
Com o desenrolar da trama a sonhadora Mónica resolveu deixar o chefe, que era casado e pensava sempre antes no próprio umbigo. Acabou entrando para o bando do Professor e participou ativamente do segundo assalto, organizado para salvar Rio.
Foi aí que escolheu o seu codinome: Estocolmo. O que tem nada a ver com a capital sueca, diferentemente dos demais personagens: Tokyo, Helsinki, Nairobi, Moscou…
Mónica Gaztambide escolheu ser Estocolmo devido à Síndrome de Estocolmo — termo da psiquiatria referente à vitima que desenvolve um laço forte emocional com o seu algoz. E no caso de La Casa de Papel Estocolmo e Denver verdadeiramente se apaixonaram.
Mas porque Síndrome de Estocolmo
Em 1973 houve um roubo a banco na Suécia que tornou-se célebre: os reféns chegaram a pedir ao então Primeiro Ministro que livrasse um dos assaltantes. Outros mesmo depois de muitos anos ainda afirmavam que precisavam se esforçar para entender que eles eram criminosos.
O que aconteceu naqueles dias que durou o assalto ao banco?
Um psiquiatra criminalista, Nils Bejerot, analisou a situação e estudou o que se passou com os reféns. A situação traumática e de alto risco pode ocasionar este tipo peculiar de reação.
Foi daí que Bejerot cunhou o termo Síndrome de Estocolmo. E vale aqui salientar que a síndrome não é uma patologia, e sim uma condição, que acomete pontualmente algumas vítimas durante ou após o trauma vivido.
Clarck
O bandido em questão no roubo do banco sueco, e que ganhou as manchetes dos jormais do país e ficou famoso pela reação que causava em sua vítimas, quase sempre mulheres, era Clarck Olofsson.
Para quem quiser entender melhor a situação e conhecer o passado do controverso Olofsson recomendamos a série Clarck, disponível na Netflix.
É uma produção sueca, com apenas uma temporada, narrando de forma frenética a biografia do gangster que deu origem à Síndrome de Estocolmo. A série é forte, chocante e muito bem produzida.
Estocolmo, La Casa de Papel e outros filmes que tratam sobre o tema
A Síndrome de Estocolmo não foi abordada apenas em La Casa de Papel. Diversos outros filmes e séries já abordaram o assunto, de maneiras muito diferentes.
Vou indicar aqui apenas dois, bastante famosos:
- A Bela e Fera: sim, o clássico da Disney é baseado justamente na história de amor da vítima por seu sequestrador. É claro que mostra também a transformação da Fera e outros aspectos, mas a Síndrome de Estocolmo está lá.
- Áta-me! Um dos maiores sucessos de Pedro Almodóvar também mostra a relação íntima e para lá de estranha entre os personagens de Victoria Abril e Antonio Bandeiras.
Quer saber mais sobre Estocolmo como destino de viagem? Leia o post que publicamos sobre a capital da Suécia e outros sobre a região:
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Filmes e Viagens
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