Viaje para Copenhague com a série Borgen e conheça um pouco deste destino incrível.
Borgen foi eleita uma das melhores series europeias de todos os tempos: ganhou prêmios importantes como o Emmy, Bafta, o da Academia Britânica, o Prix italiano e saiu vencedora também em Monte Carlo.
É uma produção dinamarquesa e está disponível na Netflix desde o final de 2020 — mas as três temporadas foram gravadas entre 2010 e 2013.
Já está no ar a tão aguardada quarta temporada, além das questões políticas e pessoais de sempre ainda é interessante ver a personagem principal as voltas com as questões da menopausa. Afinal, ela é uma mulher como outra qualquer.
Um pouco sobre a Dinamarca
O Reino da Dinamarca é um dos países escandinavos, reconhecido por ser um estado de bem-estar social e por ter as menores taxas de desigualdade.
E a série mostra exatamente isso: uma cultura em tudo muito diferente da nossa, sendo uma excelente oportunidade para conhecer mais do funcionamento desta sociedade nórdica.
Borgen, o palácio
A sede do governo dinamarquês é o palácio Christiansborg, mais conhecido por lá por Borgen. É o único do mundo que agrega, na mesma construção, os três poderes: Parlamento, Supremo Tribunal e o Gabinete do Primeiro Ministro.
E algumas partes do Borgen, como as salas de recepção mais festivas, são usadas também pela Família Real dinamarquesa. Parte de tudo isso está aberto a visitação pública e pode ser conhecido pelos viajantes.
Fica bem no centro de Copenhague, em uma ilhota chamada Slotsholmen, ligada a capital pela Ponte de Mármore, a Marmorbroen — um lugar elegante e cenário que aparece diversas vezes ao longo da série.
A imagem que aparece na parte superior deste post é um detalhe de uma das colunas da Marmorbroen.
Borgen, a série
A trama se desenvolve em torno da personagem principal, Birgitte Nyborg, uma atuação impecável da atriz Sidse Babett Knudsen.
Um golpe do destino a coloca à frente do governo e Birgitte se torna a Primeira Ministra. A primeira temporada mostra o seu aprendizado rápido no reconhecimento de aliados e para a defesa daqueles que pretendem tomar o seu lugar.
O interessante são os princípios de Birgitte, e a vontade real de deixar seu país melhor do que antes — mesmo que isso custe muito no lado pessoal. E vou parar por aqui para não dar spoilers…
Além de Birgitte, seus ministros e opositores, a trama mostra como a família da protagonista enfrenta as mudanças com a chegada ao poder — e aí vale prestar atenção em como as diferenças sociais são realmente pequenas na Dinamarca.
Outro núcleo importante é o da mídia: também lá eles têm problemas com detratores, sensacionalismo e questões éticas. Mas, ao compararmos com o que é noticiado no Brasil em apenas uma semana, são questões muito diferentes.
O assessor de imprensa Kasper Juul é um dos personagens ambíguos e mais carismáticos, a cargo do ator Pilou Asbaek, que participa de produções de outros países — como Game of Thrones.
As jornalistas idealistas Katrine Fonsmark e Hanne Holm, respectivamente as atrizes Birgitte Hjort Sorensen e Benedikte Hansen, são daquelas que adoramos acompanhar e que nos fazem torcer por elas. São figuras que nos parecem muito reais.
E sem menosprezar tantos outros, não dá para não citar o sempre correto Bent Sejro de Lars Knutzon, e o Michael Laugesen de Peter Mygind. Laugesen é aquela cara que está sempre do lado errado e vai além de qualquer limite do bom senso.
Vale muito assistir!
Aprenda com Borgen
Além de entender como funciona a política de coalisão dinamarquesa e saber mais de sua sociedade, Borgen tem ainda ótima fotografia e um ritmo envolvente. Acabou se tornando a série preferida do Alfredo, e ele a tem recomentado a todos.
A profundidade dos personagens é um ponto alto em Borgen: tudo tem um porque, e as costuras entre todas as relações são muito bem feitas.
Um diferencial interessante é prestar atenção às frases que antecedem cada um dos 30 episódios: são citações ligadas ao tema do capítulo. Frases de Maquiavel, Lincoln, Shakespeare e outros. Adoramos a seguinte:
“Alguns trocam de partido para defender seus princípios;
outros de princípios para defender seu partido“.
Churchill
Não dá para não comparar com a política nacional…
Viaje para Copenhague com a série
Além do Chistiansborg a série mostra algumas residências, o ambiente de estações de TV, restaurantes e um pouco da cidade e do país — se já esteve por lá irá reconhecer várias locacões.
Se ainda não foi, terá uma boa ideia de como é a vida nesta capital — onde vivem pouco mais de 600 mil pessoas. Em toda a Dinamarca são menos de 6 milhões de habitantes em 42.925 km² — uma área um pouco menor que o estado do Rio de Janeiro.
E indicamos ainda dois lugares em Copenhague que valem ser vistos:
- o complexo Amalienborg: 4 palácios de fachadas semelhantes onde vive a família da rainha Margrethe. Ficam em uma praça, e no fundo está a Marmorkirken — a elegante igreja que é uma das obras que apresentamos em nosso livro sobre o Neoclássico;
- a Bolsa de Valores de Copenhague: construída em 1625 e que fica bem pertinho do Borgen.
Para viajar sem precisar sair de casa
E, se curte viajar sem sair de casa — o que, por conta da pandemia, temos feito bastante nos últimos meses, confira os posts que preparamos:
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- Clássicos da Literatura: descubra novos cenários para suas viagens;
- Viajar sem sair de casa: é possível e uma delícia. Saiba como!
- Filmes para viajar: uma seleção com 20 opções incríveis;
- Filmes e viagens: conheça nossa lista de títulos gravados em cenários diferentes dos destinos indicados.
Esperamos que aproveite a série e Viaje para Copenhague: a temporada 4 de Borgen vem aí!
Antes de terminar, se quiser ver o que escrevemos sobre outros destinos no norte da Europa, indicamos também:
- Helsinki: o melhor guia com as principais atrações;
- Travemünde: conheça uma praia interessante do Mar Báltico;
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