Sabia que Colônia de Sacramento é a parte mais antiga do Uruguai? Talvez seja por isso, e por conservar testemunhos da arquitetura colonial, que a cidade tenha se tornado um dos principais polos turísticos do país.
Só por isso já dá para desconfiar que Colônia de Sacramento merece mais do que ser apenas um local de bate e volta para quem visita Buenos Aires, não é mesmo?
Saiba aqui como chegar, o que ver por lá e como aproveitar melhor o destino.
Da fundação de Colônia de Sacramento até a independência do Uruguai
O português Martim Afonso de Souza (1635-1683), um dos primeiros donatários do sistema de capitanias implantado após o Descobrimento do Brasil, já havia tentado tomar posse da margem esquerda do Rio da Prata, ainda no começo do século 16.
Mas foi apenas em 1680 que a coroa de Portugal conseguiu implantar um primeiro núcleo de defesa, sob as ordens de Manuel Lobo (1635-1683). Esta é a data do nascimento de Colônia do Santíssimo Sacramento, a parte mais antiga do Uruguai — a fundação de Montevideo é de 1724.
Por sua proximidade com Buenos Aires Colônia acabou por se tornar um importante polo comercial, onde grande parte dos produtos eram contrabandeados do lado português para o espanhol.
Entre diversas idas e vindas, tratados, ataques e guerras a coroa portuguesa consolidou a sua posse em 1817, sob o governo de D. João VI. Pouco mais de dez anos depois, em 1828, a região foi definitivamente incorporada à recém independente República Oriental del Uruguay.
Como chegar a Colônia de Sacramento
A maneira mais fácil e rápida para chegar até Colônia de Sacramento é de barco, partindo do porto na cidade de Buenos Aires, a capital da Argentina. O percurso é feito por duas companhias: Colonia Express e Buquebus. A viagem dura apenas uma hora e a travessia do imenso Rio da Prata é bem confortável.
Outra opção é ir de carro, partindo da capital uruguaia: Montevideo. São menos de 177km e o tempo a ser gasto é de cerca de duas horas.
Nós viajamos com a Buquebus e já adiantamos que as embarcações são imensas, levando em média de 600 a 1200 pessoas — dependendo da escala dos barcos.
Os valores não são caros para quem vai aproveitar alguns dias no Uruguai. Porém, se considerarmos o custo com a travessia apenas para um bate e volta, pode ser que não valha a pena para viagens mais econômicas.
O que fazer em Colônia do Sacramento
O centro histórico é bem pequenininho e há algumas construções em ruínas. Não espere encontrar as construções espetaculares de outros lugares com arquitetura colonial na América do Sul: como a barroca Ouro Preto, no Brasil; a lindíssima Cartagena de Índias, na Colômbia; ou a encantadora Arequipa, no Peru.
As ruelas de Colônia são simples e charmosas e circular por ali faz com que pareça que voltamos no tempo. Por isso a nossa dica é: aproveite com calma este destino e conheça mais do Uruguai visitando outras regiões do país.
E não deixe de provar a gastronomia local: em Colônia do Sacramento encontramos alguns restaurantes que merecem a sua visita.
Uruguai: informações básicas e curiosidades
O nome oficial do país é República Oriental del Uruguay, são o segundo menor país da América do Sul, ocupando área maior apenas que o Suriname.
Em seus 176.215 km² vivem menos de 3,5 milhões de habitantes — e mais de 12 milhões de vacas!
Confira mais informações e algumas curiosidades interessantes conferindo o post que publicaremos na próxima semana sobre o Uruguai.
Indo além de Colônia do Sacramento: o que ver?
Já afirmamos que achamos não valer a pena um bate e volta até Colônia do Sacramento, certo?
Estando ali, caso ainda não conheça, vale a pena dar um pulinho em Montevideo, a pitoresca capital uruguaia. Pode não ser um dos destinos mais interessantes da América do Sul, mas vale gastar uns dois dias por ali.
Outra sugestão é sair de Colônia e conhecer Carmelo, uma das principais regiões vinícolas do Uruguai.
A distância é bem menor que até a capital do país, são apenas 80 km de Colônia a Carmelo e o interessante por ali é hospedar-se em uma das vinícolas e aproveitar suas experiências enogastronomicas.
Em breve vamos contar o que mais gostamos em nossos dias em Carmelo: acompanhe.
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